sábado, 25 de abril de 2009

FIGUEIRÃO DO "VALE DAS ARARAS"

No último feriadão de Outubro de 2004 passado, quando se comemorava a divisão do Estado de Mato Grosso do Sul, programei uma aventura inesquecível. Visitar a cidade mais jovem do estado de Mato Grosso Sul: Figueirão! Maria Alzira de Moraes, minha esposa, nascida e criada em Figueirão, diz sempre que guarda nas suas lembranças a magnitude de um “pé de Jatobá” no centro da rua principal que em 1980 cedeu o lugar para a nova rede de energia Elétrica instalada na cidade.

Seu conterrâneo, o historiador e Professor Admar de Araújo, apaixonado pela região, escreveu no seu livro que o Jatobá de Figueirão era uma árvore que servia para acorrentar presos, amarrar vacas para o abate, animais de montaria, dava frutos para as criançadas e servia também de sombra para uma “boa prosa”.

Em 31 de Agosto de 1964 Figueirão foi levado à categoria de Distrito de Camapuã, agora em 2004 conquistou a sua emancipação, fruto da luta de muita gente. A nossa viajem tinha um significado sentimental. Retornar depois de mais de uma década para rever os amigos e parentes. Trazíamos na bagagem o sabor de vitória. A emancipação política do município, o povo que foi às urnas pela primeira vez elegendo seus vereadores e o prefeito, um amigo de infancia da minha esposa. Vibramos também com a vitória de um primo eleito vereador para exercer a primeira legislatura da cidade.

Chegamos num dia de festa. Os cidadãos estavam reunidos no salão paroquial para comemorar a vitória do prefeito eleito, o cardápio não podia ser outro: churrasco com “espeto corrido” a moda da região. Sete novilhas para atender todos os convidados. Depois de percorrermos os 120 kms, saindo de Camapuã, tivemos pela frente só estrada de terra pura.

Nossa velocidade alternava entre os 60 e 80 kms por hora, passamos por inúmeros lugares e históricos da região, como no caso a Pontinha do Cocho. Lá, estava em festa. Um vilarejo movimentado de muita gente. Os festejos do dia da padroeira do Brasil com muita reza, churrasco e música sertaneja. Tocamos em frente. Vi o desmatamento das grandes extensões de terra objetivando o plantio de pasto para o gado, colocado em risco os riachos e rios que já agonizam devido os assoreamentos.

Ao passar pelas pontes percebíamos os fios tímidos de águas que percorriam por baixo insistindo na sobrevivência! Vencemos os trechos difíceis da viajem. O fato é que chegamos com a poeira no corpo, felizes pela acolhida. Embora não conhecia a região muita menos a nova cidade, fomos recepcionados com abraços e emoção pelo reencontro da minha esposa com seus amigos e amigas da época de escola, de grupo de juventude na Igreja Nossa Senhora da Abadia.

Entre uma conversa e outra não custou muito para abraçarmos a família do jovem prefeito de Figueirão. Ildo Furtado. Eleito com 756 votos obteve 51,7% do eleitorado. A disputa foi assirrada com um parente seu! O Prefeito estava alegre com a festa. Fez questão de lembrar dos tempos de escolas nas primeiras séries primária com o irmão na Maria Alzira, o jovem “Zezinho” já falecido. Era seu melhor amigo!

Com o ritmo dos cumprimentos e da conversa, fui percebendo a simplicidade das pessoas. A alegria pelo fato de Figueirão estar agora no mapa político do estado de Mato Grosso do Sul. Naquele enorme salão circulando entre as mesas cumprimentando as pessoas, indagando sobre as possibilidades da nova condição do município, não tive dúvidas: Figueirão vai avançar para o desenvolvimento. Todos apresentavam suas sugestões e apontavam o caminho para o crescimento da nova cidade!

Após o almoço delicioso, fiz um passeio solitário de carro por toda a extensão da única rua asfaltada da localidade. Nela aglutina toda a vitalidade do comercio local e dos serviços que a cidade necessita. Parei no posto de combustível, conversei com algumas pessoas e não tive dúvidas: a esperança de que agora Figueirão, vai mudar para melhor.
Tudo por fazer: instalar a prefeitura, os serviços, a câmara Municipal. Fui elencando na minha mente uma série de ações que certamente serão o grande desafio para os eleitos. Naturalmente responsabilidade de todos com objetivo de contribuírem na construção da cidade! Figueirão se identifica com a pecuária. Tem uma boa bacia leiteira, o comércio é promissor.

A cidade reúne famílias tradicionais e tem uma história bonita na sua fundação. Contou com a vinda de goianos e mineiros. Como no seu passado, ainda se vêem os “cavaleiros” com seus trajes típicos, percorrendo as ruas ainda sem numerações nas casas. Ali o carteiro conhece quase todos e as cartas chegam sem dificuldades. Pude ver que a região além de bonita tem tudo para desenvolver o turismo, a hotelaria e iniciar um processo de preparação profissional dos jovens para conduzirem os bens e serviços que a cidade necessita. Imagino que vão chegar às novidades e novos cidadãos.

Conversei longamente com três dos nove vereadores eleitos. Estão cheios de planos, querem saber detalhadamente de como fazer e participar. Já estão até articulando a eleição da mesa diretora da Câmara! Conversando descobri que por ali até passou a coluna do velho camarada Luiz Carlos Prestes, “o cavaleiro da esperança”. Apavorou os moradores com a sua chegada, mas, não teve apoio no seu intento. Desse fato tem muita histórias pra contar.

Tenho um costume antigo, fui ao cemitério que fica na entrada da cidade. Ali no meio dos mausoléus se pode perceber que Figueirão é uma cidade que acolheu famílias oriundas da Espanha, Portugal e Itália. No entanto foi fundada pelo goiano Moysés de Araújo Galvão. Ele com 23 anos de idade deixou o sertão goiano viajou muito no lombo de cavalo e veio para o Mato Grosso servir o Exercito.

Conta-se no livro do Professor Admar que dispensado do serviço militar, Moyses resolveu ficar garimpando diamantes em Aquidauana, Corguinho, Fala Verdade, Itiquira e Jauru. Desiludiu do Garimpo. Logo conheceu uma jovem filha de Italianos, por quem seu coração apaixonou. Era Leontina Geraldino de Oliveira. Daí começou uma longa e bonita historia Casou-se em Coxim. Foi professor de dezenas de filho das famílias: Barbosa de Farias, Malaquias, Boaventura incluindo a Família Furtado.

Comprou posse da Fazenda “Cachoeirinha”, virou fazendeiro. Depois adquiriu a Fazenda Monte Alto. Foi delegado, Juiz de paz. Faleceu em 06 de Fevereiro de 1978 em sua casa aos 72 anos de idade.Seu coração não agüentou. Moysés de Araújo Galvão e sua esposa começaram a fundação de Figueirão em 1949. Nesta época o governador do Mato Grosso era o Dr. Arnaldo Estevão de Figueiredo, que concedeu 3.500 hectares para a fundação. Tudo foi devido em lotes e chácaras. A primeira Escola Estadual construída no Governo Pedro Pedrossian deu o nome de Dr. Arnaldo Estevão de Figueiredo, justa homenagem.

Hoje Figueirão é uma cidade sertaneja, tem qualidade de vida, até o dia que eu etstava por lá não tinha chegado ainda às novidades do mundo moderno: celular trânsito intenso, as pessoas correndo para os bancos. Aliás, lá não tinha Banco!
Em Figueirão os cidadãos se conhecem, ficam até tarde na calçada em intensa prosa, é fácil ainda procurar por alguém mesmo que não se saiba corretamente o endereço. Para comprar um doce caseiro chega-se até a cozinha do seu “Gardino”. Na entrega do doce vai sempre acompanhado de muita conversa e saudosismo! Figueirão é uma cidade que vai crescer.

Tive oportunidade de ver as araras comendo coquinhos. É a riqueza da região! Voltamos renovados e cheios de esperanças trazendo na bagagem a saudade de um povo hospitaleiro. Feliz sou eu que casei com uma legitima Figueirensse.
Professor Jânio Batista de Macedo
Este artigo já foi publicado no Jornal Correio do Estado em Outubro de 2004

RECUPERAÇÃO DO APA LAGEADO



A Prefeitura Municipal de Campo Grande em oficio n. 191/GAB/2009 informou a AMAPE Associação de Moradores do Residencial Maria Aparecida Pedrossian O ATO DE LICITAÇÃO no qual contém o AVISO DE RESULTADO de TOMADA DE PREÇO N. 001/2009 processo n. 3042/2009-03 tornando público a EMPRESA que venceu a licitação conforme parecer Técnico/Jurídico conclusivo devidamente homologado pelo Prefeito NELSON TRAD FILHO que no dia 12/02 a EMPRESA RC CONSTRUÇÕES & REPRESENTAÇÕES Ltda venceu a licitação para executar as obras de recupeção do APA LAGEADO (responsável no abastecimento de água de 26 bairros da capital).
Essa Empresa deve começar imediatamente a EXECUÇÃO das OBRAS DE IMPLANTAÇÃO DE DRENAGEM E CONTROLE AMBIENTAL no JARDIM OITI RECUPERAR A CABECEIRA DO CORREGO LAGEADO, (Final da Rua Alzira Brandão) - rua que divide o Residencial Maria Aparecida Pedrossian, Conjuto Oiti e Jardim Samambaia.Na qualidade de Presidente da AMAPE comparecemos na reunião dia, (20/02) no MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL na 42 Vara com a Promotora Publica Dra. Andréia Cristina Peres da Silva – na AUDIENCIA foi discutido sobre a preocupação com relação à DENÚNCIA apresentada ao Dr. Miguel Vieira sobre agressão do APA LAGEDO – a necessidade urgente de iniciar as obras de recupeção da cabeceira do APA LAGEADO uma vez que a Prefeitura já homologou a empresa vencedora. Em relação ao processo sobre o TRATAMENTO DO ESGOTO do nosso Residencial Maria Ap. Pedrossian - que em Julho/2008 não funcionava, os resíduos e dejetos foram despejados no APA LAGEADO causando a a gressão ambiental.
Além disso pelo fato de que a máquina não funcionando os dejetos estavam caindo direto no leito de uma das nascentes provocando mau cheiro nas proximidades. Os moradores que moram no final da Rua MANOEL PADIA fizeram a denúncia com o acompanhamento da representante da localidade Sra. Neide Del Campo.

A EMPRESA AGUAS GUARIROBA resolveu o problema está sendo monitorado pelos técenicos os equipamentos bem como a regularidade do sitema. A Promotora convocou a Sra Neide e o Presidente no MP para colocar a apar de todas as diligencias e atos decorridos após a denúncia.
O MP vai solicitar uma apresentação dos técnicos sobre como funciona o sistema de tratamento para os moradores numa data a ser agenda no salão da AMAPE. Nessa reunião vamos conhecer e resolver nossas dúvidas com esses técnicos.
O MP vai estar presente! Neste BLOG http://amapems.blogspot.com Contém um histórico sobre a agressão que o APA LAGEADO sofreu com o impacto da obra do RESIDENCIAL OITI . São 926 casas construidas ao lado do Residencial Maria Aparecida Pedrossian que deverão ser entregues ainda neste semestre desde que as obras de recupeação da Cabeceira do APA LAGEADO sejam concluidas.

Na sexta feira, dia 20/02, a diretoria apresentou o resultado da reunião com o MP aos moradores que compareceram na atividade da CAPOEIRA. Esse grupo juntamente com a turma do JUDÔ participaram da CAMINHADA pela RECUPERAÇÃO DA CABECEIRA DO APA LAGEADO organizado pela AMAPE no final de novembro do ano de 2008.

Nosso papel daqui prá frente será o de acompanhar o desenvolvimento da obra que deve começar após o CARNAVAL . Vamos conclamar os moradores da camunidade e a população dos bairros adjacentes para terem o conhecimentos destes fatos e assim todos poderão de certa forma acompanhar a obra de recuperação da Cabeceira do APA LAGEADO - área importante que reúne no seu complexo amabiental um manancial aquífero que possibilita o abastecimento dos 26 bairros da nossa Capital Sul Matogrossense.

Informações sobre esse assuto saiu no SITE de notícias: www. campograndenews.com.br

MORADORES DE OLHO NO FUTURO




Os moradores da região do Bandeira localizados na área leste da cidade, saída para Três Lagoas; (Residencial Maria Aparecida Pedrossian, Jardim Samambaia, Jardim Panorama, Bairro Vivendas do Parque, Residencial Fernando Sabino, Residencial Damha, Residencial Arnaldo Estevão de Figueiredo), estão na expectativa de que este ano de 2009 a administração do atual Prefeito NELSINHO TRAD FILHO proporcione obras que efetivamente resolvam os problemas que a população vem enfrentando nos últimos 25 a nos de habitação nesta localidade.
Um dos desafios e a solução do ESCOAMENTO das ÁGUAS PLUVIAIS. A cada chuva, o volume de água que desce dos altos do Bairro Noroeste vem rasgando as ruas dos Bairros Vivendas do Parque, Panorama e são despejadas nas vias do Residencial Maria Aparecida Pedrossian. Muita lama, terras e pedras que vem com toda força entupindo as ruas e bueiros sem contar com o resultado de como fica o campo de futebol e a Praça dos Amigos do Residencial Maria Ap. Pedrossian.
No dia 17 de dezembro de 2007 foi uma tragédia anunciada. Toda a IMPRENSA da cidade registrou os trabalhos dos bombeiros da defesa civil e dos moradores que enfrentaram uma inundação sem precedentes. Casas alagadas e ruas entupidas com muita lama e terra. Todos os anos após as chuvas as ruas dos Bairros Vivendas do Parque, Panorama ficam por meses com as grandes crateras e valas abertas (algumas ruas ficam sem condições de transito). O volume de águas pluviais que descem levam todo resultado de trabalho de patrolamentos e horas de serviços das máquinas da Prefeitura. Um dinheiro que vai pelo ralo. Todos os anos a situação se repete. A administração Municipal conhece o problema, o Conselho Regional sabe das dificuldades. Entra ano e sai ano os moradores vão enfrentado o problema. A paciência chegou no limite.Neste primeiro semestre a os Governos Estadual e Municipal deve entregar mais um residencial com quase mil casas. É o Residencial OITI que está na fase conclusiva nas obras. Sabemos da importância do processo habitacional na região, porém o que não aceitamos é a forma como foi conduzido esse projeto.
Nesse caso, por exemplo, as obras do Residencial OITI provocou um estrago agredindo a cabeceira do APA LAGEADO. Assoreou e matou parte de uma vegetação que margeia uma das nascentes. Depois de um ano denunciando, só agora a Prefeitura tomou a iniciativa de estabelecer as formalidades da LICITAÇÃO para a solução do problema de uma área ambiental importante que compõe o complexo de abastecimento de água dos 26 BAIRROS da nossa capital.O complexo ambiental do APA LAGEADO sofre vários problemas que não é só resultado da obra residencial acima mencionada.
O manancial recebe os resíduos dos POSTOS de COMBUSTIVEIS e das CHACARAS de PESQUE & PAGUE. Os ESGOTOS RESIDENCIAIS também canalizam dejetos nas nascentes provocando um CRIME ECOLÓGICO que já apresentou seus resultados maléficos. O MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL já acolheu denúncias e está em fase de apuramento nessa questão na 42ª Vara. Nossa comunidade está de fato preocupada com a vinda dos novos moradores do RESIDENCIAL OITI. Primeiro, por que nossa UNIDADE de SAÚDE local tem os crônicos problemas quanto ao atendimento. Faltam médicos e com a demanda dos novos moradores a situação futura nos incomoda. O Prefeito já nos respondeu informando que a saúde só se prepara para uma população concreta. Não dá para engolir essa.

No nosso entendimento deve se ter no mínimo um PLANEJAMENTO para atender a população calculando a média de moradores por residência. É simples e racional. Como a burocracia publica é morosa até chegar na solução a comunidade vai padecer!Seguindo o raciocínio é só ampliar nas outras preocupações: ESCOLA, ÁREA DE LAZER, ESPORTES, CEINF e POLICIAMENTO. Nesse ultimo, nossa angústia ainda é grande por que o policiamento é regionalizado.
O contingente policial está fixado no Conjunto MORENINHAS II com o apoio de uma unidade policial no Bairro Tiradentes. O POLICIAMENTO é para nós uma questão de difícil solução.
O Governo Estadual insiste no atual modelo de segurança que não resolve os nossos problemas. A distancia do distrito policial é significativa. Nesse caso o atendimento nunca será satisfatório.
A partir do RESIDENCIAL MARIA APARECIDA PEDROSSIAN, as comunidades adjacentes estão em franco desenvolvimento populacional. É nítido o número de novas moradias e construções. Necessitamos de uma UNIDADE MIXTA de SEGURANÇA: Policia Militar, Policia Civil e Bombeiros para dar garantias de SEGURANÇA na região que mais cresce na capital. É só conferir e anotar. O avanço populacional e o crescimento de empreendimentos comerciais de médio e grande porte é visível a “olho nu”.
Uma das boas coisas que estamos realizando por aqui é a unidade entre as lideranças comunitárias. Discutimos nossos problemas. Botamos a boca no trombone e resistimos juntos contra a implantação da COLONIA PENAL na região. A Associação de Moradores do Resd. Maria Ap. Pedrossian – AMAPE, absorve os moradores da região no atendimento com 35 atividades para crianças jovens e idosos. É o único espaço democrático que garante formação e entretenimento. Nessa questão o Poder Público é um parceiro tímido. Não estendeu sua ação efetiva por aqui.
Os moradores da região sabem dos problemas e nossa expectativa da ação do poder público é que não podemos deixar para amanhã as iniciativas das POLÍTICAS PÚBLICAS que precisamos. Estamos de olho no futuro e o alerta é geral. Queremos a CAMARA MUNICIPAL de CAMPO GRANDE e a ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ligados nas soluções que as comunidades desta região tanto espera neste ano de 2009.Caso contrário, vamos trabalhar muito para que na próxima ELEIÇÃO o troco seja merecido.
Prof. Jânio Batista de Macedo. (Aposentado)Presidente da Associação de Moradores do Resd, Maria Ap. Pedrossian – AMAPE.

segunda-feira, 20 de abril de 2009


COMO CIDADÃO, QUERO PRESTAÇÃO DE CONTAS!

Cidadã Maria Ângela Coelho Miraut Pinto, li seu artigo publicado neste jornal do qual sou assinante. Fui contemplado com seu ponto de vista pelo fato de que, não podemos admitir que o gestor público gaste os recursos da Prefeitura Municipal (nossas contribuições), com uma questão fútil. Se tivéssemos uma Câmara Municipal atuante, com certeza os vereadores estariam cumprindo seu papel de "fiscalizar"o Executivo Municipal. Exigiriam informações sobre esse gasto e o ressarcimento aos cofres públicos seria o caminho correto. Ainda a tempo de um deles tomar a iniciativa. Nem que seja o "primo" do Prefeito, o Presidente da Câmara Municipal de Campo Grande.
Fiquei indignado quando vi tantas faixas espalhadas pelas esquinas e avenidas. São caríssimas! Material de primeira, colorido e tudo mais. Minha revolta ainda é maior por que desde fevereiro que a nossa Associação de Moradores do Residencial Maria Aparecida Pedrossian, que é parceira da Prefeitura nas oficinas para jovens crianças e adultos, não tem os repasses dos salários aos professores. (capoeira, dança de rua, Judô, escolinha de futebol...). Fiz os cálculos: Cada duas faixas dessas penduradas nas esquinas de Campo Grande homenageando a "big-brother" - daria conta de pagar o salário de um professor que hoje está com suas contas de água e luz sob pena de corte por falta de pagamento.
Estamos em Abril, e até o dia de hoje, a FUNDAC e FUNESP não resolveram atender a renovação dos convênios dos projetos com os professores.Pior ainda é que são mais de 80 bairros que estão na mesma situação que a nossa. Sem as oficinas! Nessa circunstancia as nossas crianças jovens, adultos e pessoas da melhor idade estão sem atividades que garantem a melhoria na qualidade de vida principalmente milhares de moradores da periferia da cidade. Como aposentado que sou, dedicando mais de 9 horas de trabalho voluntário na minha comunidade, vendo tanto dinheiro jogado fora, provoca em mim uma revolta tão grande que desestabiliza minha saúde.Esse dinheiro gastos com as faixas, se fosse aplicado, por exemplo, nas ações da minha entidade que atende mais sete bairros na região leste da cidade, estaria proporcionando cursos de qualificação profissional e atividades de interesse da comunidade. . .
Aqui neste lado da cidade não temos a atenção do poder publico nas políticas públicas como deveria acontecer.Desafio o Prefeito a nos fazer uma visita. Alías, ele na minha gestão não veio uma vez se quer visitar a nossa Associação de Moradores para ver o que estamos fazendo. Quem sabe se viesse teria mais lucidez nas iniciativas de aplicar bem os recursos públicos garantindo para os moradores desta região o retorno dos impostos pagos em dia com tanto sacrifício.Quando li o artigo, corri num Ciber tirei varias cópias de xerox para entregar a alguns moradores da minha comunidade.
Na minha residência entrei no site do Jornal Correio do Estado para enviar ao máximo dos endereços eletrônicos que tenho a minha disposição o artigo, pois queria que todos ao lê-lo pudessem fazer uma reflexão sobre as peripécias que fazem com o dinheiro público.Confesso. Não assisto esse tal de big-brother. Não é minha praia. Dia desses na troca de canais ouvi o Jornalista global o Bial, dizer: "vamos dar uma espiada nos nossos heróis..." Fiquei furioso! Heróis de qual causa? Pulei para outro canal numa situação desconfortável só de pensar nos milhares de jovens e crianças que estariam ouvindo e acompanhando um programa que desqualifica e inverte os valores da vida humana.
Como você, também quero saber quanto foi todo esses gastos. Quero explicações sobre de quem foi à idéia tão imbecil a ponto de gastar um dinheiro que poderia estar garantindo a REVITALIZAÇÃO das Praças da minha comunidade. Hoje nossa praça está esperando a ação imediata da Prefeitura (SESOP). Não desisto de solicitar esse beneficio que é um direto dos moradores. Praça tem que estar sempre limpa e adequada para o lazer da população.
Por último, agradeço sua iniciativa tão oportuna. Louvo a coragem em ter colocado sua opinião. Certamente ela é de uma parcela significativa da população. Sabendo do seu trabalho como educadora, fico feliz por em tê-la conhecido. Sei que você educou muito bem seus filhos, (foram meus alunos). Educou muitos outros jovens despertando neles o significado real dos valores.No caso dos assessores e do nosso gestor público, vejo que está na hora de rever urgentemente os significados reais dos valores.
Quero crer que Dr. Nelsinho Trad, homem que já salvou muitas vidas na sua profissão como médico, vai fazer uma intervenção cirúrgica nessa questão. Nós cidadãos queremos seriedade no trato com a coisa pública. Aguardaremos aqui a respostas e vamos continuar despertando na população a verdadeira noção e importância da política em nossas vidas. Acredito que é possível fazê-la com decência. Numa eleição próxima com certeza poderemos dar o troco escolhendo melhor nossos representantes.
Prof. Jânio Batista de Macedo. Aposentado - Presidente da AMAPE - Assoc. de Moradores de Resid. Maria Ap. Pedrossian.